Total de visualizações de página

19 de dezembro de 2010

CURSO LITURGIA E SÍMBOLO - Parte IV


O MOVIMENTO LITÚRGICO



O MOVIMENTO LITÚRGICO
            A Igreja e o mundo como um todo, em fins do século XIX e início do século XX, atravessam grandes transformações, a nível cultural e social. Iniciativas de teólogos e grupos eclesiais, com suas produções teológicas e a conhecida ênfase do “retorno às fontes” da Tradição e das Escrituras, vão gerando na Igreja um lento, porém progressivo ordenamento da relação sua com Deus, com os fiéis e com o mundo. Acompanhando o advento do estudo patrístico e bíblico, também a Liturgia, que até então permanecia quase intacta e rígida num rubricismo e individualismo exagerados, é melhor explorada e assim vivificada. Falamos aqui da época do importante movimento litúrgico.

            Devido à complexidade e amplidão a que chegou o trabalho do movimento litúrgico, alguns autores divergem quanto a sua origem. De modo geral situa-se na pessoa e obra do restauracionista Dom Prosper Guéranger (1805-1875), primeiro abade beneditino do mosteiro de Solesmes na França:
A mentalidade de Guéranger pode ser condensada nas seguintes teses: a liturgia é por excelência a oração do Espírito na Igreja, é a voz do corpo de Cristo, da esposa orante do Espírito; há na liturgia uma presença privilegiada da graça; nela se encontra a mais genuína expressão da Igreja e de sua tradição; a chave de inteligência da liturgia é a leitura cristã do Antigo Testamento, bem como a do Novo apoiada no Antigo.


                A Dom Lambert Beauduin (1873-1960), coube o mérito de lançar propriamente o movimento litúrgico. Sua preocupação fulcral era a pastoral litúrgica, no sentido de procurar orientações para uma maior participação e piedade dos batizados na liturgia cristã. Da liturgia, L. Beauduin dá uma definição de liturgia tão breve quanto eficaz: "A liturgia é o culto da Igreja": "Igreja" absorve o sentido comunitário e ao mesmo tempo cristológico, sendo a continuação de Cristo no mundo. O beneditino alemão O. Casel de Maria Laach (1886-1948), outro expoente do movimento, insistiu sobreo valor da liturgia como ‘celebração’ do mistério salvífico de Cristo, que se torna presente no rito, a ponto de a assembléia poder louvar e adorar a Deus ‘em espírito e verdade’".


 

Dionisio BOROBIO (org), A celebração da Igreja, liturgia e sacramentologia fundamental, p.127.

3 de dezembro de 2010

ZENIT - Catequese do Papa: Juliana de Norwich e o amor divino

ZENIT - Catequese do Papa: Juliana de Norwich e o amor divino

O tema do amor divino volta com frequência nas visões de Juliana de Norwich, quem, com certa ousadia, não hesitou em compará-lo ao amor materno. Esta é uma das mensagens mais características da sua teologia mística. A ternura, a solicitude e a doçura da bondade de Deus para conosco são tão grandes, que nos remetem ao amor de uma mãe pelos seus próprios filhos.